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Arte Rupestre

O antepassado quaternário de todos os cavalos modernos é o Equus caballus, descendente do Pliohippus, o primeiro equídeo com casco. O Equus passou a fazer parte da paisagem humana ao longo do Paleolítico da Europa ocidental, sendo mesmo um dos animais mais pintados e gravados nas grutas decoradas, bem como na nossa arte rupestre quaternária.

Estudos paleontológicos revelam a existência de pinturas rupestres do Paleolítico Superior (época Solutrense e Magdalenense) de cavalos idênticos ao cavalo Garrano, perfil côncavo, pequeno porte e “ventre de vaca” representados em grande número no norte da Península Ibérica (Foz Côa, Ekain, El Pozu’l Ramu, etc.).

Os cavalos são mesmo os temas estatisticamente mais característicos na arte paleolítica do Vale do Côa, os morfotipos figurados são animais curtos, de porte muito semelhante ao Garrano, que seriam a espécie dominante na região durante o último período glaciar.

É uma representação de cavalo a primeira gravação, identificada em 1979, na arte paleolítica de ar livre da Europa ocidental, a descoberta numa das fragas do Douro, perto da aldeia de Mazouco. Todavia, no nosso território e à semelhança do continente americano, o cavalo quase desaparece nos tempos pós-paleolíticos, talvez por inadaptação às mutações climáticas e ecológicas do Holoceno e não porque tivesse sido muito caçado.

A presença no registo arqueológico destes períodos de alguns ossos de equídeos atribuíveis a cavalos ou a asnos selvagens, permite sustentar a hipótese de alguns cavalos poderem ter sobrevivido acantonados em regiões circunscritas e montanhosas, como por exemplo na serra do Gerês, onde a presença do Garrano, com uma morfologia muito aproximada à dos cavalos paleolíticos, está atestada desde há muito.

Segundo, Ruy d´Andrade (1938) “…. O núcleo Ibérico deve descender depois da glaciação vurmiana, última época fria contemporânea do paleolítico, sendo porém já representado largamente, na arte aurinhaciense, solutrense e magdaleniense. Quer dizer, desde uns 25.000 anos antes da nossa era”.

         
         
 
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