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Comportamento

Os Garranos em estado selvagem, adoptam o grupo - conjunto de cavalos que seguem movimentos e padrões similares no interior da mesma área vital - como estrutura social. Existem três tipos diferentes.

  • Haréns – Constituídos põe um macho, uma ou mais fêmeas adultas e suas crias. Este tipo de grupo é estável.
  • Grupos múltiplos – Possuem mais de um macho adulto, uma ou mais fêmeas adultas e seus poldros. Estes grupos são igualmente estáveis.
  • Grupos de solteiros – São constituídos por machos que são forçados a sair do seu núcleo familiar pelo garanhão. Não existe estabilidade neste tipo de grupos.

O comportamento dos cavalos em grupo apresenta-se muito bem estruturado, os garanhões defendem a sua éguada, mantendo-as longe de outros cavalos e defendendo dos predadores.

A éguada, é composta por várias fêmeas, suas crias e um garanhão, a égua líder comanda o grupo e os seus filhos são sempre líderes. A égua líder comanda levando o grupo para os melhores pastos, locais com água e organiza a defesa face a ataque de predadores Quando surge um ataque de lobos, as éguas recolhem as crias e fazem um circula em redor delas, cabeça para dentro e garupa para fora para poderem escoicear os lobos enquanto o garanhão circula a proteger o seu harém do lobo.

A maior taxa de migração é atribuída aos juvenis, uma vez que estes são expulsos do grupo pelo garanhão. Os grupos de machos adultos (grupos de solteiros) migram frequentemente na busca de novas éguas para formarem um grupo social, juntando-se as éguas novas também expulsas pelos garanhões. Estes machos, podem, ainda, entrar em conflito com garanhões de grupos já estabelecidos e adquirem as éguas ai existentes (se estas os aceitarem).

Sazonalmente, ocorrem pequenas deslocações de todo o grupo: De Inverno, este refugia-se nos vales, onde encontra maior protecção contra os rigores desta estação e no Verão desloca-se para as encostas mais altas das serras. Este tipo de migração é liderado pelas éguas. O garanhão tem como função no grupo (para alem da função reprodutora) a delimitação territorial e protecção das éguas e crias.

Em casos extremos, uma população pode migrar cerca de 40 km/dia.

A época reprodutiva da população de garranos ocorre, preferencialmente, entre Março e Julho e tem a duração de três a sete meses. No entanto, pode haver partos tardios em Agosto e Setembro.

Os partos ocorrem em diversos habitats, havendo uma maior frequência na área de maior actividade da população.

As éguas estão aptas a reproduzir a partir dos três anos de idade, no entanto quatro anos é a idade teórica ideal para o nascimento da primeira cria.

De uma forma geral as éguas encontram-se férteis entre os 3 e os 21 anos de idade, enquanto que nos garanhões a fertilidade começa a partir dos 4 anos e termina aos 21 anos.

O período de gestação das éguas é de cerca de 350 dias, apresentando um intervalo mínimo entre partos consecutivos de, aproximadamente, um ano. Mais ou menos nove dias após o parto, as éguas entram novamente na fase de cio e se houver êxito na reprodução, as crias nascem por altura da Primavera. Nas éguas a época do cio é sazonal, havendo poucos casos de poliéstricas.

         
         
 
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